Essa é uma das perguntas que ouvimos com mais frequência desde a nossa infância. Sempre me perguntei porque precisávamos pensar tão cedo sobre o que faríamos quando adulto, afinal parecia que ia demorar tanto tempo. Então porque pensar sobre isso naquele momento?
Esse questionamento é algo tão natural na nossa sociedade, que na maioria das vezes nossos pais nos perguntam automaticamente, sem mesmo perceber o seu significado cultural. Claro que lá na infância temos algumas ideias, como por exemplo ser veterinário (a), médico (a), professora, astronauta, bailarina… Imaginamos o que cada profissão dessas faz e achamos que pode ser bem legal essa vida. Eu por exemplo, quando criança queria ser bailarina e arquiteta. Depois eu quis ser bailarina e professora, e depois quando mais adolescente, só bailarina mesmo (kkkk). Meus pais consideravam besteira seguir a vida de artista, mas eu achava um máximo. Só que ter a possibilidade de escolher nossa profissão é algo realmente muito recente.
Durante muito tempo, a ocupação de uma pessoa era definida pela sua camada social ou então pela família, da qual ela pertencia. O nível social e o campo ocupacional eram determinados então, pelo seu nascimento, sendo o aprendizado de tarefas realizado dentro das próprias famílias, uma vez que os pais ensinavam seus ofícios aos filhos. Assim basicamente você trabalharia na mesma função que o resto da sua família toda e seria conhecido por ela, como por exemplo José O Carpinteiro.
Em certas ocasiões falar sobre isso pode ser um estresse familiar, os pais querem uma coisa, você quer outra, o papagaio outra e assim fica difícil entrar em um consenso e não acabar arrumando uma discussão daquelas. Quando decidi minha profissão, meus pais não aprovaram (porque lembra que eu te contei que eu queria ser bailarina?), e foi muito difícil para todos nós. De alguma forma, nossos pais prioritariamente pensam em nosso futuro financeiro enquanto nós, na maioria das vezes pensamos em algo que gostamos de fazer. Só que isso não deve ser perdido nunca. De qualquer forma é importante estarmos com a tal “mente aberta” e considerarmos todas as opções, mesmo aquelas que você se recusa muito. É preciso saber mais sobre aquilo que pretendemos fazer, e sempre deixar mais de uma opção como carta na manga. Vai que você descobre uma área bem legal e que pode se tornar aí uma opção, não é mesmo?
Se pararmos para pensar, é realmente difícil decidir, muitas vezes, em tão pouco tempo, o que fazer para o resto da vida. O importante é sempre considerar que existe inúmeras profissões e que mesmo que algumas delas não façam parte do seu roll de possibilidades, você poder considera-las de alguma forma, de acordo co o que você gosta e de seu momento. O que vejo muito são pessoas que escolhem uma profissão para agradar alguém ou porque acha que deve ser legal fazer aquilo e quando começa a trabalhar na área ou até mesmo durante os anos de estudo, sentem-se frustrados e perdidos.
A profissão que acabei escolhendo, não era a minha primeira opção e escolhi aleatoriamente por conta de uma grande quantidade de variáveis que se apresentaram naquele momento. Hoje trabalho na área e realmente sou apaixonada pelo que faço. Aos poucos fui me encontrando naquele mundo e não pretendo largar dele tão cedo. Mas essa é uma das poucas histórias assim. Nem sempre as pessoas se apaixonam por aquilo que no início não era sua primeira opção. Por isso é importante pensar e refletir muito bem sobre o assunto. Conversar com pessoas da área pode ser uma boa pedida, até mesmo para você saber na pratica sobre como funciona aquele trabalho, buscar conhecer o máximo que pode das áreas que você se identifica. Isso vai te dar mais segurança na hora de escolher. Seus pais podem participar desse momento. Considere a opinião deles também. Claro que a escolha é sua, independente de outras possíveis influencias, que pode estar presentes no momento da sua escolha. Se você estiver fazendo algo que realmente gosta e se identifica, as consequências positivas serão muito maiores, pois sua motivação o levará para um caminho de conquistas.
Por isso é importante ter autoconhecimento para realmente entender suas vontades, desejos, objetivos, capacidades e habilidades. É importante também pesquisar, e pesquisar muito sobre as áreas que você mais se interessa, assim você poderá compreender muito ais a profissões sua função no mercado de trabalho, e a isso também está associado o diálogo com outros profissões dessas áreas, pois são eles que te dirão como funciona na prática e consequentemente você evita ai uma frustração ou decepção e sente-se mais seguro para realmente escolher esta ou aquela profissão.
É isso aê…..
Autor: Psicóloga Alessandra de Freitas CRP 08/23582.
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